terça-feira, 23 de setembro de 2014

Dia Gabriel Sem Bike

Ontem foi o Dia Mundial Sem Carro, que eu relatei no post anterior. Dia de congestionamento acima da média. Claro, o congestionamento não me atinge e até me ajuda, afinal, carro parado não atropela.

Hoje resolvi fazer o Dia Gabriel Sem Bike, pois acordei com vontade de caminhar. Antes de adotar a magrela eu era adepto das caminhadas, e foi vendo os ciclistas pelo caminho que acabei me tornando mais um.
Caminhadinha
Neste fim de semana minha noiva me perguntou se eu ainda fazia caminhadas, e percebi que só caminho quando empurro minha bike morro acima (e a última vez que fiz isso foi em fevereiro, no Caminho do Sol).

Hoje de manhã deixei a bike em casa e vim caminhando. Diferente da minha época pré-bike, eu não cheguei cansado. O tempo foi o mesmo de sempre: 1 hora para 5 quilômetros. Aproveitei para fazer uma contagem de ciclistas pelo meu caminho.

Quando vou de bike eu sou ultrapassado ou ultrapasso coisa de 3 ou 4 ciclistas, mas a pé e com mais tempo na rua, eu vi bem mais: 25 pedaladores. Três pela calçada, um que ignorou o farol vermelho e um cruzou em alta velocidade um posto de gasolina para cortar caminho. Ou seja, 1/5 dos ciclistas que vi são vacilões, na média da falta de educação nacional. Vale ressaltar que não são apenas ciclistas, mas cidadãos. Poderiam ser motoristas, usuários de ônibus ou motociclistas. São pessoas que julgam que suas necessidades sobrepõem-se às dos demais. sorte que foi uma minoria.

Considerando que eu fiz um caminho irregular, passando por algumas ruas ascendentes que são difíceis até de descer, considero o número grande. A maioria destes eu vi nas avenidas, ou seja, o dia que colocarem uma ciclovia na Indianópolis, ela será muito bem aproveitada.

Agora falta esperar o dia terminar para fazer a segunda parte da caminhada, já com saudades da minha magrela, a Brisa.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Dia Mundial Sem Carro na cidade escrava dele.

Hoje é segunda-feira, 22 de Setembro, Dia Mundial Sem Carro. Presenciei um congestionamento digno de véspera de carnaval.

Não que segundas-feiras sejam livres de engarrafamentos, longe disso. Mas é que hoje estava acima da média. Pareceu que os motorizados confundiram "Dia Sem Carro" com "Dia do Carro", e assim como no Dia das Crianças, levaram seus queridinhos para passear. Resultado: festival de fechadas, buzinas, carro sobre a faixa, cruzamentos fechados e todo  o arsenal de "meu direito prevalece sobre o seu" possível.

foto retirada do vadebike.org

É este espírito que critica em alto e mau tom a criação de ciclovias e faixas de ônibus, mas nunca faz barulho quando derrubam árvores para construírem faixas de rolamento. Ninguém lembra quando derrubaram centenas de árvores da marginal para "ampliação" da pista, afinal, eram apenas árvores. "- Lugar de árvore é no parque, não na marginal, estou atrasado pro trabalho." Resolveu ou pelo menos diminuiu o nó? Não, nem um nem outro.

A bicicleta não é uma solução isolada solução para a mobilidade da cidade, mas é parte dela. O carro, o ônibus e o metrô também. Essa hostilidade com o prefeito e com as novas ciclovias, ora porque aparentam vazias, ora porque "tiram espaço de estacionamento", chega a ser cega. Não dá pra cozinhar o jantar inteiro de uma vez em uma única panela, por isso os fogões têm várias bocas. O mesmo vale para o nó desta cidade: levar e trazer milhões de pessoas, para vários lugares de uma única maneira, é ter certeza do fracasso.

Que venham ciclovias, bicicletários, muitas faixas de ônibus. E que o nosso governador tire a bunda da cadeira e acelere a contrução de mais linhas de metrô, pois essa política de "uma estação por eleição" é um deboche.