segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ciclovias Marginal e Bayer

Desde que anunciaram a construção da ciclovia na outra margem do rio Pinheiros, minhas panturrilhas coçavam para conhecê-la.

Acompanhei o desdobrar da luta dos cicloativistas para que ela fosse construída. O governo estadual simplesmente avisou que fecharia a ciclovia da CPTM por dois anos e não deu nenhuma alternativa para quem a usa. O ciclista que se arrisque na marginal, que morra. Mas graças a pessoas engajadas (e muita exposição na mídia), eles fizeram, ainda que muito na má vontade, um acesso à outra margem do rio e asfaltaram o caminho que antes era exclusivo do Projeto Pomar. Uma gambiarra aqui, um descaso ali e no final surgiu uma ciclovia bem agradável de se transitar, se ignorarmos seus acessos ridículos.

Pode-se pegar esta ciclovia pela ponte Cidade Jardim. Mas antes, dê uma pedaladinha pelo pequeno Parque do Povo, é muito bonito!


Gambiarra pura! O engenheiro deve ter pego o filho de três anos e falado: "faz um desenho pro papai levar no escritório". Daí sem querer o desenho caiu na papelada da ciclovia.

Asfalto lisinho

Mais prédios, mais garagens, mais carros. Mais contos de fadas empresariais.

Paralelo aos carros, mas livre.

Usina de Traição

Shopping e condomínios de luxo, de frente pro lixo.
A vantagem é que alguém esquecer de dar a descarga no banheiro, vão pensar que é uma janela aberta.

Ponte estaiada.

Capivaras, lindinhas mas quero distância. O carrapato que namora com elas é portador natural do vírus que causa febre aftosa. Pegou, empacotou.

Centro empresarial lá no fundo.

Muitos bosques e natureza.

Aqui um píerzinho.

Realmente muito bom pedalar por aqui.
Ciclovia Bayer
Ao chegar na ponte João Dias, são dois caminhos: o da ciclovia tradicional, cruzando a ponte e o caminho da ciclovia Bayer. Além da ciclovia, foi feita uma ponte móvel sobre o rio, para facilitar a vida de quem trabalha nesta empresa e depende do transporte públicos. Com a ponte, chegar à estação Santo Amaro do metrô é questão de alguns passos. Antes nem sei como faziam, mas pelo que vi, tinham que rodar alguns kilômetros até a ponte do Socorro. No mínimo economizaram uma hora com esta ponte feliz.

SE É BAYER, É BOM.
Parabéns à Bayer, que além de facilitar a vida de seus funcionários, permitiu que o local fosse usado por todos. Esta "cicloponte" deve ser a coisa mais Copenhagen que tem na cidade. Não foi feita pra carros, mas para ciclistas e pedestres. A iniciativa privada fazendo o que os governantes negligenciam. Bike não paga IPVA, não rende multas nem gasta combustível. então, o ciclista que se dane, pensa o poder executivo.

Se é Bayer, é bom: pintou de vermelho com tinta aderente de qualidade.


Ponte Bayer. Muito bonita e legal!


Ponte Bayer

Ponte Bayer

Mais ponte Bayer

E o caminho continua!


Fui até o final, que é na ponte do Socorro. De lá pode-se seguir sentido Guarapiranga.

Depois de percorrer toda a ciclovia Bayer, voltei até a bifurcação da ponte João Dias e passei para o outro lado (mais escadas burras, viva a engenharia). Pedalei até o final, onde dei uma pausa para enfim retornar pra casa. Uma tarde agradável de pedal.

Travessia quase marginal, sobre a Marginal.

Ói o trem.

Fim da ciclovia, pra lá de jurubatuba. Acho que mais 1 km se chega na Billings.

Bem, foi isso. Espero que tenha ajudado quem tinha curiosidade sobre este trecho. Recomendo a todos os ciclistas pedalarem por aqui. Aproveitem o Outono, o clima fresco diminui o odor do rio (pior parte na usina de Traição, no resto é tranquilo).

Abraços!


Juro que tava sorrindo.


Domingo, 20 de Abril de 2014 - Boa Páscoa!
Km pedalados: 55km
Tempo: 3:40h
Baixas: nenhuma.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Noite boa? Pedal bom!

Sexta-feira santa. Bacalhau, vinho, namorada e pedal!

Tenho ensaiado há dias um pedal noturno, e com a cidade vazia não poderia deixar de aproveitar. Para ajudar, o clima estava ótimo, 21 graus e ruas semi-desertas. Ouvi no rádio alguma coisa sobre a exposição do David Bowie no MIS e me deu vontade de descer a Augusta de Bike. Então lá fui eu.

Meu "rolezinho":
Casa > Av. Jabaquara > Paraíso > Paulista > Augusta > Cidade Jardim > Faria Lima > Vila Olímpia > Moema > Indianópolis > Casa.

Alguns registros: 

Mocinha pronta pro passeio.

Av. Jabaquara. Parece dia de jogo do Brasil.

Na Paulista tinha mais movimento. Nas calçadas! Pedestres congestionando a avenida. Bandas tocando. Parei um pouco pra ouvir uma versão muito boa de Cocaine lá em frente ao Conjunto Nacional.
Paulista lotada de espaços vazios.

Brincadeiras no prédio da Fiesp.
 Momento esperado: descer a Augusta. Tinha um pouco de movimento, mas foi vento na cara o tempo todo!

No começo.

Lamborghini. Na boa? Acho feio.

Ferrarias são melhores...

... mas Maseratis têm alma. Linda!

Mas todos os cavalos acima não chegam aos pés do charme desta Romisetta. 

Na Faria Lima, um vazio danado. Até ziguezagueei pelas pistas. 

O quartinho dos fundos daqui de casa é um pouco menor...

Vila Olímpia só pra mim.

Aqui já perto de casa, resolvi vir pelo caminho mais íngreme. Só na coroinha e com meus pensamentos.

Final: passeio curtíssimo, mas gostoso.

O ciclopasseio foi curto, mas bem proveitoso. Quando cheguei em casa, deu vontade de fazê-lo de novo! Ficou só na vontade. É bom assim, sempre com um gostinho de quero mais. Pretendo fazer mais pedais noturnos. Talvez madrugada adentro, pra evitar o chato trânsito.

Sexta, 18 de Abril de 2014 - Sexta feira santa!
Km pedalados: 19.
Baixas: nenhuma.
Ouvindo: o silêncio e uma banda tocando Cocaine.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Outono: nem calor, nem frio.


O Outono é a estação menos festejada no ano.

Talvez ele seja visto como um estraga-prazeres, por substituir o sedutor Verão, com seus feriados prolongados e muita festa (além de brigas, filas, trânsito… ah, o Verão).

O Inverno é cheio de festivais gastronômicos, feira de roupas quentinhas e festas religiosas. A Primavera também tem festivais, além da chegada do calor e o encanto das flores.

Mas, e o Outono?
Folhas secas no chão. Uau. Aqui no Brasil nem tem tanta folha assim caindo, no máximo elas ficam menos verdes. País tropical. Acabamos pensando que o Outono é um pré-inverno, mas sem quermesses nem fondues. Uma estação pra tapar buraco.

Bem, vejamos. Eu discordo!
É uma das melhores épocas do ano para pedalar, pois o clima fica na medida e a transpiração é menor. Tem dias que dá pra pedalar com a roupa do trabalho.
As noites são frescas mas não exigem agasalho.
Não há quase nenhuma tempestade surpresa na hora do rush.
A volta às aulas nas faculdades alivia o trânsito após as 19h, pois quem ia pra casa nas férias agora tem que estar na facul nesse horário.
E com a galera na sala de aula, os happy-hours ficam para mais tarde, diminuindo a quantidade de etilizados à solta na minha hora de voltar pra casa.
E no Outono os alunos ainda frequentam as aulas. No segundo semestre metade dessa galera só vai pra facul pra calibrar no boteco.
No Outono tem Páscoa e Bacalhau.
O por-do-sol é mais bonito, intenso e longo.
E talvez o melhor: o Big Brother acaba.


Ah, o Outono… que estação maravilhosa!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Nenhum ciclista merece ser atropelado.

O site Vá de Bike está com uma campanha bem legal. A idéia é fazer um selfie segurando um papel escrito "# nenhum ciclista merece ser atropelado" e enviar para o e-mail contato@vadebike.org com o assunto "Todos somos trânsito". Eles publicarão no Facebook.

Eu já contribuí com meu selfie: