sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Pedal Anchieta: 7 dicas úteis (que servem pra qualquer rolê, aliás).

Bom dia/tarde/noite pessoal!

Falta pouco para o grande dia! Bem, grande pelo menos para mim 😁

Tenho visto e lido algumas coisas sobre este pedal. Muitos youtubers postaram vídeos com dicas bacanas. Algumas delas considero essenciais, mesmo que óbvias! Portanto, irei falar um pouco disso aqui.

Apesar de ser um passeio ciclístico, essa pedalada é coisa séria. O trecho de serra requer atenção especial e os trechos de planalto e baixada são grandes descampados. Melhor ser redundante nas dicas do que omisso, afinal o passeio é uma oportunidade de lazer, cicloturismo e descoberta.

Vamos lá.


1. Tente instalar um bagageiro ou cestinha na bike

 Você pode até encarar apenas com uma mochila, mas pense que terá que levar água extra, lanche, ferramentas básicas, documentos, desodorante e uma camiseta sobressalente (não vai querer ficar fedentino depois que chegar, né?). Tudo isso nas suas costas irá gerar um peso extra que cobrará seu preço no meio do percurso, fora que você transpirará muito mais.

Instale, nem que seja o mais barato dos bagageiros e prenda sua mochila com elásticos.

Outra sugestão é instalar uma cestinha no guidão dianteiro. São bem baratas e qualquer bicicletaria tem. Ajuda também na distribuição de peso, aliviando a roda traseira.


2. Leve bastante água

Uma dica que parece óbvia, mas não é. Pane seca acaba com o rolê!

Serão pelo menos 30 mil ciclistas, na pista central da Anchieta. Essa rodovia praticamente não tem postos de gasolina para reabastecer as garrafas, fora que você estará na pista expressa. Portanto, nem seja louco de pular muretas e tentar atravessar.

Portanto, leve bastante água! Pelo menos duas garrafas ou caramanholas grandes. Tenha no mínimo 2 litros de água. E acredite, isso ainda é pouco. Na véspera, encha uma garrafa com água e outra até a metade, depois coloque no congelador. No dia seguinte, você terá uma garrafa com água congelada e a outra somente a metade. Complete essa garrafa com água. Você terá água fresca para o começo da pedalada, e aos poucos o gelo derreterá, fornecendo água fresca por mais tempo.


3. Leve comida

Por mais que você aguente ficar sem comer, não é recomendado. Lembre-se que isso é lazer, não treino. Repetindo, o passeio será pela pista expressa, sem chance de correr pro cantinho da pista pra comprar fandangos no posto. Leve seu rango e coma antes de sentir fome.

Apesar de você estar indo para a baixada, nada de levar marmitex com frango assado e farofa 😐. Nem tente fazer misto com presunto e pão de forma. A chance disso tudo azedar é grande.

Leve bolachas, barras de cereal, aqueles deliciosos salamitos, ou barrinhas de proteína. Frutas secas e sementes também são ótimas fontes de energia e ocupam pouco espaço.  Dezembro é assim, a gente bota uva passa em tudo, inclusive no pedal 😂😂😂. Se alguém levar castanha de caju, passe longe de mim porque senão vai ficar sem!


4. Manutenção básica

Leve um kit de remendo, câmara de ar extra e uma bomba portátil, mesmo que você não saiba usá-los. Ciclista é solidário, então você conseguirá ajuda fácil caso fure um pneu. E seja solidário também, caso veja algum ciclista sem esses recursos.


5. Verifique os freios!

Haverá um longo trecho de descida, com barranco dos dois lados! Fora o volume de ciclistas na pista, os 'sem noção' que com certeza resolverão fazer conversões súbitas na sua frente. Ficar sem freio - ou mesmo com eles fracos - nesses momentos não é uma boa idéia.

Leve numa bicicletaria para regular se você não souber como fazer e se possível, peça para trocarem as sapatas ou pastilhas.

Se sua bicicleta utiliza v-brakes, ferradura ou cantilevers, cuidado com a água. Esses tipos de freio perdem eficiência quando o aro está molhado. Se na serra tiver chovendo, atenção redobrada. Você não ficará sem freio, mas eles ficarão um pouco mais fracos.


6. Leve uma roupa extra

Fim de passeio, você suado tendo que esperar algumas horas para o ônibus trazer você de volta. Aquela roupa grudando, sua presença sendo sentida de longe... pra que, né? Leve um desodorante roll-on e uma camiseta limpa. Vai melhorar a sensação de bem estar, sua e de quem estiver perto. Nem preciso dizer pra acordar mais cedo e tomar uma chuveirada antes de sair de casa, preciso?


7. Garanta sua volta

Dê uma pesquisada em grupos do Facebook, tente reservar um fretado para voltar pra São Paulo. A rodoviária de Santos estará lotada de ciclistas querendo voltar pra casa.

Se você ainda tiver perna, pode pedalar até a rodoviária do Guarujá, São Vicente ou Praia Grande, porém há a possibilidade da oferta de ônibus nessas cidades estar menor porque as empresas deslocaram suas frotas para Santos, afim de suprir a demanda de ciclistas. Outra rodoviária que poderá te antender é a de Cubatão. Mas essa cidade não tem muitas linhas regulares nos fins de semana.

Se você estiver embalado, poderá pegar a balsa para o Guarujá, atravessar toda a ilha (uns 30 km) e pegar outra balsa para Bertioga. É praticamente tudo plano. Só não recomendo porque o risco de assaltos no Guarujá é alto.

enfim, não duvido que haverá oferta de ônibus clandestinos na boca da rodoviária, mas melhor garantir antes do que tentar a sorte em transporte não homologado, né?

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Todas essas dicas parecem até um pouco óbvias (leve comida, água, remendo, blá blá...), mas sempre é bom repetí-las. Quanto mais saturado de uma informação você estiver, mais fácil memorizar.

Com base na minha experiência pessoal, intero que estas dicas servem para qualquer rolê mais longo. Já tive pane seca, já pedalei com fome, já tive pneu furado, corrente arrebentada... posso dizer com propriedade que todo cuidado realmente é pouco.

Que o dia 2 de dezembro seja um dia daqueles de ficam na memória por muito tempo!


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

#EuVou: Pedal Anchieta 2018






Bom dia/tarde/noite!

Confirmei presença na descida pra Santos deste ano! 

Desde que foi anunciado, eu fiquei com o dedo coçando em cima do botão de inscrição. Pedalar na rodovia fechada, com apoio do poder público e na companhia de milhares de outros ciclistas é o cenário ideal para um ciclista urbano como eu voltar a pedalar pra valer.

Será meu primeiro pedal longo desde meu retorno, em junho.


Tá, mas por que você nunca fez a Rota Márcia Prado,
que pode ser feita praticamente em qualquer dia do ano?

É uma idéia tentadora, mas essa rota totaliza mais de 80km, muito longa para meus limites atuais. Além disso, fazer essa rota implica em encarar balsas, trilhas, terrão, contramão, limo, locais ermos sem sinal de celular, amigos do alheio... não me sinto à vontade.

Confesso que só bati o martelo para esse passeio quando consegui um transporte para subir a serra de volta. Não queria depender dos ônibus de linha, afinal serão pelo menos 15 mil ciclistas descendo para o litoral num domingo, imagino quantos não conseguirão voltar no mesmo dia, devido à provável indisponibilidade de passagens.

Agora com meu retorno garantido, é só cuidar das caramanholas, pedalar sem pressa, sem neura, só na coroinha, como dizem. Meu momento é esse. 

Quem quiser fazer parte deste passeio, a inscrição é obrigatória e gratuita neste site: https://pedalanchieta2018.org

E quem estiver interessado no fretado para voltar a cidade, eu reservei com o pessoal do Vai de Bike.