quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

2021, um ano que... passou

Olá, leitor!

Mais um ano acaba, novas expectativas são criadas, mais reflexões surgem. Olhando para tudo o que passou, não sei se fico aliviado ou atordoado. Que ano! Independente dos sentimentos que me farão lembrar de 2021, um deles se destaca: a gratidão.


Grato principalmente pela vida que me preenche. Mas sensibilizado pelo fantasmagórico número de 600 mil mortos, alguns próximos que doeram muito em toda a família. Outros bateram na trave, foi assustador. Entre toda a angústia e o medo dessa doença atingir nossos entes queridos, sinto-me abençoado por minha mãe ter conseguido se vacinar. Até filmei o momento, foi um dos maiores alívios que Deus me proporcionou nos últimos anos. Ao longo dos meses minha esposa e eu conseguimos nossas vacinas. Depois de mais de 18 meses, finalmente dei um abraço em minha mãe novamente.


Meu filho, que em janeiro basicamente só urrava, termina o ano falando e impressionando. A minha esposa se esforçou muito para conseguir que o convênio bancasse a terapia ABA, que tanto faz a diferença para crianças autistas. Há um ano ele sequer olhava para outras crianças, ignorava completamente. Hoje tem amiguinhos, repete o nome de alguns e até brinca. Há um longo caminho ainda, ele é extremamente disperso e hiperativo, mas ele poderá viver plenamente este mundo. Mais uma gratidão.


Na bicicleta, foi um ano bem pedalado. Refiz alguns caminhos, repeti outros e, quando o corpo deu sinais de problemas (em breve escreverei sobre isso), entrei para o time dos ‘ciclistas elétricos’ e passei a ir mais longe. E mesmo eu tendo diminuído a frequência de pedaladas por conta de tempo, consegui rodar 2.400 quilômetros e cheguei a emagrecer 5 kg!


Meu corpo cobrou sua conta este ano. Pandemia, perdas, angústia, stress no trabalho e home office, me trouxeram miopia e hipertensão. Entrei para o time dos usuários de óculos e também para o time dos usuários de medicamentos de uso contínuo. Vamos em frente, em Janeiro eu faço 45 e não estou nem na metade do caminho!


No último trimestre perdemos nossa cachorrinha de 12 anos. Começou o ano forte e feliz, daí desenvolveu um câncer no joelho. Tivemos que amputar a perna dela, mas foi tarde demais. Meses depois o câncer já tinha atingido os rins e ela parou de se alimentar. Aquele momento horrível da decisão da eutanásia. Horrível, horrível. Até a próxima, Suzy.


Eu olho para tudo o que a vida me proporcionou este ano, sejam experiências boas ou não, e por mais que tenhamos a infeliz tendência do pessimismo, eu consigo enxergar dar cores em todos os momentos. Nas tristes perdas, reforçamos os laços dos que ficaram. Nas conquistas, aproveitamos e curtimos cada momento. Nos perrengues, buscamos nos superar e seguir em frente. Até nos momentos em que jogamos a toalha ou falhamos miseravelmente, temos que aprender a digerir, engolir seco e tentar tirar um aprendizado. Não que eu tenha conseguido, mas estou tentando.


Espero que 2022 eu possa pedalar mais, que o ano vindouro possua mais esperança, que a terra volte a ser redonda. Que eu pedale mais, que minha família fique bem, que minha mãe viva muito e feliz, que meu filho continue seu desenvolvimento e nos impressionando, que meu trabalho continue provendo, e que você também possa encontrar bons caminhos.


Feliz Ano Novo!