segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Iniciando!

Bem, primeiramente obrigado pela visita. 



Por que Bikedemia?


Antes de criar este blog, visitei inúmeros outros. Quanto mais lia sobre ciclismo, cicloviagens e mobilidade urbana, mais me tornava um apaixonado por bicicleta. Então concluí que se eu também postasse minhas pequenas experiências no mundo das duas rodas, poderia contribuir para que mais pessoas se interessassem, e assim por diante. Uma epidemia. Uma bikedemia. 






Gabriel Hansen, ciclista (!?)

Sou um paulistano nascido em 1977 e ex-sedentário. Minha vida ciclística até 2012 se resumiu à infância.

Redescobri a bicicleta em Agosto de 2012, dois meses após fazer uma cirurgia de redução de estômago (pesava incríveis 184 kg). Depois de meu médico dizer: "-Você precisa fazer exercícios físicos para ajudar na redução de peso!", passei a fazer caminhadas. Já havia perdido mais de 20kg e duas vezes por semana eu fazia uma caminhada do trabalho até em casa, o que dá 5km. Diziam que em breve eu estaria mais disposto para começar a correr, fazer academia.


Mas sempre achei bizarro o fato de entrar em forma via academia. Nossa vida é tão corrida na cidade, pensar em ir num lugar fechado, tv ligada passando novela enquanto você corre na esteira é algo que mais me faria mal do que me beneficiaria. Realmente a idéia de correr, frequentar academia e todo esse universo "in-door" me desanimava.


Para minha sorte, 1/3 da minha caminhada era atravessando o parque do Ibirapuera. Da primeira vez que fiz, estava muito feliz. Andei distraído, olhando a natureza daquele parque que há anos não visitava. E essa distração fez com que eu andasse na ciclofaixa sem perceber! E foi assim que ouvi um "trim-trim" de advertência, e com o susto um ciclista passa por mim, cheio de luzes pisca-pisca. Foi então que minha mente se abriu! BICICLETA! É claro! Pedalar era divertido, emocionante, e remetia à infância. Decidi que assim que eu chegasse a um peso suportável, eu compraria uma bicicleta. Como havia operado e comia muito pouco, passei a caminhar mais, selecionar melhor minha alimentação e em consequência disso, a cada subida na balança, o plano da bicicleta passou a ficar cada vez mais próximo.






A primeira bike, Caloi Aspen.

O tempo passou. Era 10 Fevereiro de 2013 - Domingo de Carnaval. Após uma busca com orçamento limitado (quantos não começaram assim?), encontrei no Mercado Livre uma pessoa vendendo uma Caloi Aspen novíssima. Na minha mente? Caloi + novíssima + 21 marchas+ preço bom = ótimo negócio. Fui lá e comprei. Mesmo porque, não sabia se me adaptaria ao ciclismo e não queria investir em algo que talvez fosse um fogo de palha. R$ 350 era um preço bom para um investimento que ainda era duvidoso. Lá estava eu, 20 anos depois, em cima de um selim na ciclofaixa de lazer. Um quase tombo na primeira curva, uma marcha desregulada, muita respiração ofegante. Mas isso tudo era segundo plano.

NADA foi mais prazeroso naquele dia do que escutar o barulho da catraca. Soa meio bobo, mas aquilo me remeteu à infância. "Tititititititi…", não sei se a onomatopéia está correta, mas eu senti que estava voltando a um mundo que eu havia abandonado sem querer. Não falo de infância nem nada fantasioso quando me refiro a um mundo que eu abandonei. Me refiro à LIBERDADE. Pedalar me dava prazer! Prazer de sentir o vento no rosto, as pernas mais rígidas, as pessoas te olhando, as subidas vencidas, o corpo saudável, a mente em paz. Troquei o carro pela bike TODOS OS DIAS. Meu caminho de 1h para casa podia passou a levar apenas 25 minutos, e o tempo que economizo quase sempre gasto pedalando mesmo. Todos os dias, acrescentei momentos de esporte e lazer em minha vida! Nos fins de semana passei a passear em quase todas as ciclofaixas da cidade.



Ciclovia da Marginal Pinheiros: Prazerosa surpresa.

Adicionei uma rotina à minha vida que, além de me livrar da academia e me fazer mais saudável, não rouba um segundo sequer do meu dia. E mais: posso acordar mais tarde se quiser. Posso fazer mil caminhos novos, evitar ruas de tráfego intenso ou me impor desafios: "hoje vou encarar a ladeira tal". Isso tudo resultou num Gabriel 64kg mais magro, e reduzindo! A cirurgia foi determinante para meu sucesso, e a bicicleta me matém em forma e ajuda a mente a permanecer no lugar.







E os meses se passaram...

Hoje, nove meses depois da primeira pedalada, troquei minha Aspen por uma Soul Ace. Mais leve, confortável e pronta para maiores aventuras. Me tornei um Gabriel mais feliz, humilde e saudável. Um entusiasta apaixonado por bicicletas, que agora planeja pedaladas maiores, as sonhadas cicloviagens. Meu google Earth está todo rabiscado, com várias ciclorotas de um dia. Ano que vem pegarei uns dias de férias e já estou planejando uma cicloviagem de no mínimo três dias.

Vida nova! Simples assim. 

Quero agradecer a Deus pela oportunidade de uma vida nova, concedida a mim em forma de bicicleta. À minha noiva Denise, que apesar do medo no início, herdou minha Caloi Aspen e dá suas pedaladinhas. Minha mãe que aturou a bicicletaria experimental na casa dela, e muitos panos sujos.





Mais agradecimentos.

Agradeço também alguns blogs e sites que visito regularmente, que me inspiram e me orientam sobre muita coisa nessa Bikedemia:

PEDAL - http://www.pedal.com.br

VÁ DE BIKE - http://vadebike.org
PEDALANDO COM O ANTIGÃO - http://pneunaestrada.blogspot.com.br
CSROCHA PEDALADO - http://pedalbyrocha.blogspot.com.br
CICLOTURISTA - http://www.bemvindocicloturista.com.br
PESO PESADO - http://pedalpesopesado.blogspot.com.br

Um comentário:

  1. O seu entusiasmo e disposição são exemplo pra mim e muita gente. Parabéns pela iniciativa!

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