domingo, 23 de novembro de 2014

Pedalando até Guararema

Guararema é uma cidade do interior de São Paulo, cortada pelo rio Paraíba do Sul e conhecida pela sua produção de orquídeas. Depois de ver o relato do Antigão em seu blog, resolvi aproveitar o domingo para fazer esta pequena cicloviagem, partindo da estação Estudantes da CPTM.
Esperando o metrô.
Acordei cedo, às 5:30h mas só saí da cama umas 6. Já havia deixado tudo pronto na véspera, então foi basicamente levantar, tomar café e partir. 2h depois chego na estação Estudantes, onde um grupo de ciclistas se juntava para fazer o mesmo trajeto. Como eles ainda esperavam muita gente chegar e eu queria aproveitar a brisa fresca para pegar a estrada, decidi continuar em voo solo.
Que vontade de uma salada.

Subindo para descer.
Apesar do céu cinzento, o clima estava ótimo e a paisagem também!

O caminho, de aproximadamente 22km, é muito gostoso de ser feito. Na ida as descidas predominam, inclusive uma serrinha gostosa de descer. Enquanto descia, pensava: "Ai, ai, isso me espera na volta". Paisagens interioranas, hortas e o melhor: cheiro de mato.


Opa, está chegando!



Rio Paraíba do Sul

Chego em Guararema após 1:30h de pedalada. Clima agradável, cidade limpa, organizada. Um prazer pedalar por suas ruas. O rio Paraíba do Sul é muito bonito e o parque que a cidade construiu sobre ele, com pontes e ilhas, só contribui para o encanto.
Acredite, são garrafas pet.

Eles estão a todo vapor preparando a cidade para o Natal, e sugiro aos carnavalescos que adoram depenar pavões, venham conhecer Guararema: eles usam garrafas pet com tamanha criatividade que só chegando muito perto para perceber que se trata de material reciclado. O resultado é impressionante.
Respeito à nossa história. Puxa, não dói nada...
Locomotiva de respeito.

A maioria das linhas férreas e estações do país viraram ruínas. Em algum momento inventaram que o transporte por caminhões era o futuro, e hoje pagamos mais caro por tudo também por causa do custo do transporte por caminhões. A estação ferroviária de Guararema está muito preservada. Fico feliz em ver o respeito à história. Há uma bela locomotiva de bitola larga à vapor da Central do Brasil. Me recuso a chamar aquela belezura imponente de maria fumaça!

O sagrado momento do lanche.
Depois de um lanche, gatorade e sorvete, começo a "operação subida" pra Mogi. Quando chego no trevo, vejo o grupo que havia encontrado na estação, chegando só naquela hora... demoraram pra sair, eu ia ficar louco!

Na coroinha, devagar e sempre!
A volta foi uma delícia, venci a serrinha com algumas paradas para descanso, mas sem sofrimento. A minha experiência no Caminho do Sol me preparou bastante, principalmente no gerenciamento de minha energia. Sem pane seca, sem cãibra, sem exaustão. Claro que o clima ameno ajudou, mas a pedalada disciplinada fez toda a diferença. Tanto que ainda tive fôlego para pedalar na ciclofaixa quando cheguei em São Paulo!

No final, um domingo agradável e mais uma cidade na lista das pedaladas.

Que venham outras cicloviagens!

Domingo, 23 de novembro de 2014
Km pedalados: 54km
Custos: R$ 6 em metrô e trem R$ 14 em coxinha, picolé, gatorade e água
Baixas: nenhuma.

sábado, 15 de novembro de 2014

A volta da vizinhança

Comerciante: essa ciclovia me atrapalhou, pois as pessoas não podem estacionar na frente da minha loja.

Gabriel: mas depois que ela foi feita que passei a andar nesta rua e vi sua rotisserie, hoje vim experimentar.

Comerciante: Verdade. Por outro lado, agora sem carros na frente, melhorou muito a visibilidade do meu comércio.

Gabriel: se eu gostar do bacalhau, vou encomendar pro Natal, viu?

Comerciante:
obrigado, espero que goste sim! Bom dia!

E assim a cidade volta a ter vizinhança.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Sonhando com o Caminho do Mar

Enquanto sonhamos com autorização para fazer cicloturismo no Caminho do Mar, o Google lançou o street view do percurso.

Achei que a estrada estaria abandonada, mas está em melhores condições que muitas em atividade! Porém agora eu entendo a razão de tanta restrição ao acesso: toda bike que tiver falha nos freios provavelmente selará o destino do ciclista.

Clique na imagem pra iniciar a "viagem" de descida:








Vale o risco? Minha resposta é óbvia, ainda mais que troco as pastilhas a cada 1.000 km.