terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Um ano cheio de bons caminhos!

2013 foi um ano fantástico. Voltei a pedalar, a viver. Fiquei noivo, comecei a construir um futuro melhor. E ainda tem muito mais a vir, para todos nós!

Que em 2014 todos os seus caminhos sejam seguros e amplos, com algumas subidinhas e descidas, afinal, sem desafios e recompensas, nossa vida perde o sentido. 

Nos vemos lá!



sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O primeiro tombo

Doeu no orgulho. Pensei que fosse passar 2013 sem nenhum tombo.

Pensando bem, nem doeu tanto no orgulho, mais no joelho e cotovelo ralados. Aconteceu assim: mãos nos bar-ends, olhando pro chão e perdido em pensamentos. Fora da realidade, não reparei que estava andando muito no bordo e em direção a um carro estacionado. Barulho, corpo e bike pro alto, e depois ao chão. No meio disso, só deu tempo de pensar no preju que teria por arrebentar aquele veículo.

Levanto do chão e sinto a dor no joelho. Um ralado bonito, com direito a sangue na bermuda. Cotovelo idem. Cabeça intacta, o capacete estava lá. Ao levantar olhei para ver se achava o dono do veículo, pois odiaria sair dali sem me desculpar e me prontificar a pagar o conserto. O porteiro de um prédio em frente ao local apareceu perguntando se eu estava bem. Respondi perguntando se ele sabia quem era o dono do veículo e por sorte, era ele mesmo. Pedi desculpas e disse que pagaria o prejuízo. Para minha surpresa, nada aconteceu no carro dele, só uma mancha de borracha no pára-choque. Ficou porisso mesmo.

Arrumei a corrente da Moça que havia se soltado. Montei nela e voltei pra minha casa, cem metros acima. Limpei as feridas e isso ardeu demais. Enrolei gaze no joelho e coloquei um bandaid no cotovelo. Lavou, tá novo. Coloquei um jeans, peguei meu carro e fui trabalhar.

Sem mais bike por hoje.

Tô de mau.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Rolezinho até a Lapa: morros, ciclovias e minhocão.

Nesta última quinta-feira saí do trabalho com vontade de passear. Estava nublado, temperatura agradável pra pedalar. Peguei a Moça e parti pra rua!

Saí às 19h do Ibirapuera e desci até a utópica ciclovia da Faria Lima. Esta ciclovia percorre toda esta avenida, desembocando na Pedroso de Morais e de lá segue até o parque Villa-Lobos. Minha avaliação dos trechos desta ciclovia:

Juscelino até Cidade Jardim: impraticável. Abandonada e isolada há anos. Nem tente.

Cidade Jardim até Rebouças: perfeita, utópica. Coincidência ou não, fica no trecho mais nobre da avenida, passando pelo Iguatemi. Pra inglês ver mesmo.
Ciclovia bonitinha né? Saiba que ela é assim porque está numa área nobre. Isto se chama hipocrisia.

Rebouças até Pedroso: é como vc sair de São Francisco e cair direto no Senegal. Este trecho é funcional, mas abandonado. Fica mais desagradável por estar grudado ao trecho pra inglês ver do Iguatemi. Logo se vê que o poder público não liga pra ciclovias, e aquele trecho arrumadinho é só pra fingir que se importam, pra ganhar votos. Nesta região está o Largo da Batata, uma área de comércio popular, perto de terminais de ônibus. Já se compreende o descaso. Da mesma maneira que os melhores trens da CPTM aparecem em linhas da marginal - onde todos podem ver - enquanto nas linhas da periferia, os trens continuam caindo aos pedaços. Enfim, outro assunto.

Aqui é a continuação daquela belezura da foto anterior. Ah, aqui não é tão nobre, é área popular.
Pedroso em diante: outra área nobre. Ciclovia arrumada, faltando apenas a pintura vermelha no chão. Mas como é uma área com menos visibilidade, não há pintura. Simples assim.
Aqui é um meio-termo. Se todo canteiro central de SP fosse assim, tava lindo!
Segui pela ciclovia até a Praça Panamericana, e de lá subi até a Cerro Corá. Uns 1500m de subida, entre aclives mais intensos e outros nem tanto. Foi a parte mais legal do passeio, pois é um bairro arborizado e muito bonito, que me agrada há anos. Respirando direitinho e com a cadência certa, foi uma experiência maravilhosa! E olha que eu odeio subidas, heheh.
Morro...

... e mais morro!

Que vista!

Selva só de pedra?
Do alto da Cerro Corá começou o "downhill asfáltico" até a Rua Clélia. Asfalto ruim, pedalada cautelosa, com medo de partir a Moça ao meio! Da Clélia, fui até a Francisco Matarazzo, passando pelo Sesc Pompéia. Lembrei da minha infância nas aulas de HQ.
Sesc Pompéia. Não saía daqui lá pelos idos de 1988.
Da Matarazzo segui até a São Luís, por baixo do minhocão e de lá segui pela Amaral Gurgel. Este trecho foi o mais tenso. Foi onde uma filha de uma senhora de favores achou que eu estava no lugar errado e me fechou, buzinando. Espaço diminuto, visual caído, pouca iluminação, barulho, ignorantada afoita... cansei mais do que nas subidas da Lapa.
Parque da Água Branca.

Após passar pelo túnel sob a Praça Rosevelt, peguei a 13 de Maio, sentido Shopping Paulista. Passei rápido, sem fotos pois o estresse do minhocão me tirou o tesão de passear. Cheguei na Paulista e segui sentido zona sul, pra adentrar no meu perímetro cotidiano.
Bohemia do Bixiga.

Conclusão: SP é realmente uma cidade de contrastes. De ciclovias de nível internacional à buraqueiras perigosas em poucas pedaladas. De vistas deslumbrantes à caos urbano em poucos minutos. Logo há de se entender porque uns amam e outros odeiam. Eu continuo amando. Apenas tiro o que a cidade tem a me oferecer. Quando ela oferece mais, fico impressionado e quando oferece menos, compreendo.

Só sei que foi um pedal delicioso e que pretendo fazer mais vezes (evitando o minhocão).

Resumo:
Pedalados 24 km em 1:37h.
Ponto mais legal: Alto da Cerro Corá.
Ponto mais tenso: Francisco Matarazzo e Minhocão.
Baixas: nenhuma.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Pedalzinho da saudade

Esta semana passou voando. E como eu gosto: usando a bike todos os dias, chovendo ou não.

Hoje acordei com vontade de pedalar pelo bairro onde cresci, o Jardim da Saúde. É aqui perto, mas nunca havia ido pra lá de bike. Foi um passeio pequeno, rápido e muito divertido, com direito a uma esticadinha até o Museu do Ipiranga.

Saí de casa mais ou menos às 13h e peguei a Av. Jabaquara. De lá, desci a Chagas Santos e cruzei com a Ricardo Jafet (Imigrantes). Depois de uns 400m de barranco acima, estava no Jardim da Saúde.

Este bairro foi planejado pelo urbanista Jorge de Macedo Vieira, que também projetou a cidade de Maringá. Seus projetos são focados em ruas arborizadas, curvas e praças redondas, resultando em ruas com pouco movimento de veículos, o que é verdade, que se comparado a outros bairros da cidade.
Minha antiga rua, já não tão arborizada nem bonita quanto no passado.
Faziam anos que não passava com tanta calma pela minha antiga rua, que está um pouco mudada (menos árvores, um absurdo). Vira e mexe passo por aqui de carro, sempre de passagem, mas de bike a experiência é outra. O contato com cada calçada, cada casa... foi um retorno à infância. 
Meu amigo desde o berço, Kleber.
Para minha alegria, encontro um amigo que tenho desde os tempos de fralda! Batemos um papo, relembramos alguns causos e renovamos nossas agendas telefônicas. Descobri que ele está montando uma bike, quem sabe num futuro próximo não marcamos umas pedaladas, hein?

Parti da minha rua e fui dar uma volta pelo bairro, já pensando em dar uma esticadinha até o Ipiranga. Passei pela minha antiga escola, pela praça em que eu pegava o ônibus pra ir para "a cidade", como minha vó dizia. Entrando em uma rua, saindo por outra e a caminho do Ipiranga.

Quando já estava perto do museu, uma baixa: meu retrovisor! Quebrou bem no parafuso que prende ele ao guidão. Fiquei o resto do rolê sem ele, e como fez falta! Chegando em casa eu fiz uma gambiarra com outro espelho que tinha guardado e olha, ficou melhor que o original! Penso até ter sido sorte.


O sempre lindo jardim do museu.

A ÚNICA Mônica legal de todas que eu vi até agora. Até que enfim!

Capacetão, pra proteger a jaca!

Lá ao fundo, a Cantareira. Tô de olho nela...

Para voltar, peguei a Ricardo Jafet inteira e subi um morrinho pra chegar na Av. Jabaquara. Cheguei em casa depois de 2h de passeio, entre pedal, conversa com amigos e fotos. Fiquei muito pouco no parque, deveria ter ficado mais, mas minha vontade de pedalar era maior. Semana que vem vou mais longe.

Mais uma vez, meu cérebro me enganou, pensando ser uma distância longa e difíci, mas no final nem tanto. Aos poucos, vou mais longe, e a cidade fica cada vez menor. Sempre de capacete e com responsabilidade. 

Resumo:
Pedalados: 17km;
Tempo: 2h, sem pressa;
Baixas: espelho retrovisor, posteriormente reencarnado e com benfeitorias.