terça-feira, 15 de junho de 2021

Ciclovia Leste Rio Pinheiros







Bom dia/tarde/noite :)

Seis Oito anos depois, revisitei a ciclovia da marginal leste do Rio Pinheiros. Aquela ao lado da linha férrea. 

Essa ciclovia começava no extremo sul da cidade. Porém o governo interditou parte dela para construção de uma linha de metrô que nunca foi entregue, e desde então a ciclovia está dividia em dois, sem acesso uma com a outra.


O trajeto que pedalei foi recentemente entregue à iniciativa privada, que explora o local com publicidade e lojinhas ao longo da ciclovia. Pintaram o piso, tiraram lombadas e enxertaram um asfaltinho aqui e outro ali. Colocaram uma área com DJ discotecando. Pronto, agora é faturar. A segurança ainda é bancada pela CPTM, ou seja, Concessão à iniciativa privada porém a fatura ainda é pública.


Ao todo são 10 quilômetros, da ponte estaiada até o Jaguaré. Em ambas as extremidades, apenas um retorno pois não existem acessos. Somente três pontos para chegar nela: pela ciclopassarela do Parque do Povo (acesso pela calçada externa), ponte Cidade Universitária (acesso pela calçada sentido bairro) e por uma passarela ao lado da estação Vila Olímpia da CPTM.


Por conta dos limitados pontos de acesso, é uma ciclovia pouco usada para mobilidade, ficando restrita a lazer e treino esportivo. Na verdade, se você for passear nela durante a semana, só vai encontrar grupos treinando ciclismo de estrada. A chance de ser hostilizado por pedalar em velocidade recreativa é grande. No domingo, quando supostamente tal prática esportiva é proibida, haviam diversas pessoas pedalando muito forte, em ritmo de treino. Dois ciclistas quando me ultrapassaram ainda foram mal educados. É um péssimo comportamento que só ajuda a má fama que os ‘speedeiros’ ganharam ao longo do tempo. Jamais generalizando, mas a verdade é que tem muita gente escrota em qualquer meio, que só ajudam a queimar o filme da geral. Enfim.


Infelizmente o lado oeste continua abandonado, sem concessão nem patrulhamento. Tem o nada carinhoso apelido de ‘Ciclofaixa de Gaza’, devido ao grande número de assaltos que ocorrem naquela margem. É um passeio bonito, pois aquela margem é mais ajardinada. Mas o risco não compensa.


Foi um passeio agradável, com muito vento contra na ida ou na volta, dependendo da condição climática. Excelente para treinos por ser plana e longa. Eu mesmo que não sou de acelerar mantive uma média de 27km/h lá.


Recomendo a visita, pois é um espaço muito bacana para se pedalar na cidade, mesmo o cheirinho do rio se fazendo presente às vezes e com alguns usuários cujo espírito é tão sujo quanto. Agradável tanto para pedalar quanto para refletir sobre qual cidade queremos.