segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

40 mil no Pedal Anchieta! Eu fui um deles.

2 de dezembro de 2018.

Um dia para sentir saudades. Chamem de cicloviagem, ciclopasseio, loucura... mas a real é que em torno de 40 mil ciclistas saíram de São Paulo e pedalaram até Santos.

O clima era ótimo, todos se divertindo, sorrindo, mesmo aqueles que estavam exauridos, estavam com um sorriso no rosto. E não foi uma viagem curta: foram pelo menos 55km do percurso, somado ao passeio maroto em Santos, ninguém deve ter ficado abaixo dos 60km.

O evento foi uma grande vitória dos ciclistas, afinal foram longos anos de bastidores, gás lacrimogênio, proibições e descidas clandestinas. Em São Paulo, tudo começou a mudar com a ciclofaixa de lazer, para depois surgirem as ciclovias definitivas (nem tanto, né prefeito?). Não está fora de uma realidade crer que com a repercussão do Pedal Anchieta, outros eventos aconteçam e o interesso por cicloturismo e seu incentivo aumente.

Seguem algumas fotos e comentários do meu ponto de vista:



Acima, meu kit de emergência básico e umas comidinhas.
Tudo coube na minha mochila pequena:



Abaixo, como minha bike ficou.
Optei pela cestinha dianteira, muito mais prática e tudo à mão, principalmente a água.


Vejam como estava a estação Sacomã do lado de dentro:


Uma cena linda, com o sol e a subida dos primeiros kms da Anchieta, até o ponto de largada:


Aqui a largada oficial:


Não fez muito sol depois do km 10, na verdade ficou o tempo todo nublado, salvo nos primeiros 2km de descida de serra, onde uma garoa gelada nos molhou um pouquinho.

Em alguns momentos, o 'trânsito' era tanto que nós tínhamos que empurrar as magrelas. Foi bom porque encontrei dois amigos e descemos juntos desde então.


Aqui começou o momento mais lento de todo o percurso. começamos a empurrar as bikes na altura do Ilha de Capri e assim fomos até cruzar o Riacho Grande. Havia um troca de pistas que formou um imenso 'gargalo' de ciclistas. Depois disso, somente uma parada rápida antes de descer a serra.







A descida da serra foi muito divertida, com uma vista fenomenal.
PENA que não foi possível parar em muitos pontos para fazer fotografias. 
Haviam uns cagadores de regra reclamando com quem parasse, como se o evento fosse uma corrida.
Fiz questão de mandar todos à m# mais de uma vez e fazer minhas fotos desta vista deslumbrante!



Depois da descida, meus pulsos e sola dos pés doíam. 
Quem pensa que descida é fácil não sabe o que é ter que ficar alicatando os freios por 20, 30 minutos.

Enfim chegamos na baixada, mas ainda haveriam longos e monótonos 15km de vento contra, numa reta sem fim até finalmente chegar em Santos.




Assim que chegamos na cidade, pegamos algumas ciclovias e uma rota direta até o Canal 2.
Aqui vai minha única reclamação deste pedal: a falta de hospitalidade dos motoristas santistas

Eu tomo fechadas vez ou outra em São Paulo, mas em Santos foram umas sete num percurso de 3km! foi motociclista que entra sem seta voando, ônibus que passou a 10cm buzinando, e não podia faltar as SUV's acelerando atrás, mesmo sobrando espaço para passarem. Uma pena.

Faltando dois faróis para a praia, começou a chover forte. Paramos num coberto do lado de uma drogaria. Aproveitamos pra relaxar as pernas, descansar a bunda e esperar a chuva baixar. Depois de uma meia hora, seguimos pro primeiro quiosque que encontramos livre e lá ficamos quase a tarde toda!


Lá pro fim da tarde eu tomei meu rumo, tinha um fretado me esperando. Eles voltaram no 'Expresso Esposa" rs, então nos despedimos e eu pequei a ciclovia da Ana Costa, rumo ao centro.


Cheguei em SP umas nove da noite, voltei pedalando os últimos km's e ainda passei num chinês pra levar a janta pra esposa! No final, foram mais de 70km (eu tinha tirado o ciclocomputador da bike quando coloquei a bike no ônibus, perdendo estes últimos km's.



Domingo, 2 de dezembro de 2018
Km pedalados: mais de 70.
Baixas: nenhuma.
Tempo de pedalada: 6 horas
Tempo total do rolê (ida, cerveja e volta): 14h







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