terça-feira, 7 de abril de 2015

Quanto pai na forca!


 Noite. Saída do Ibirapuera, perto da passarela Ciccillo Matarazzo . Algumas pessoas chegando com seus carros para dar uma corridinha, outras saindo. Ciclistas na maioria em trânsito, indo para suas casas depois do trabalho.

Vou num ritmo médio de 15 km/h. Sou ultrapassado por um cara esbaforindo, girando o pedivela como se não houvesse amanhã, daqueles que não sabem bem usar a relação direito, heheheh. Após ele me passar, se “estabiliza” uns 10 metros à frente e passa a manter um ritmo semelhante ao meu, vez ou outra olhando rapidamente pra trás e dando rápidas aceleradas, para continuar na frente.

Passam alguns quarteirões e “chegamos” a uma ciclofaixa. Outro ciclista me ultrapassa e ao ver o outro à minha frente, dá uma forçadinha e ultrapassa ele também.

O meu colega da pedalada frenética então fica em pé, pedala como se fosse levantar voo e ultrapassa o novo "rival", que não contente e troca de marcha, disparando à frente e assim os dois vão embora. Até onde minha vista viu, último ciclista venceu.

Venceu? Me pergunto pra que isso. Não é de hoje que percebo que os ciclistas trazem os vícios do carro para a bicicleta. Uma necessidade urgente de “estar na frente”, de ser o dono da rua, de ir mais rápido, melhor, mais foda… ao invés de curtirem a pedalada e relaxar, continuam a alimentar o estresse.

Esquecem do principal benefício da bicicleta: prazer.

Parafraseando a mãe do Supla, relaxa e goza. De bike você já chega antes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário