terça-feira, 17 de março de 2020

Mais longe, ou menos perto?

Às vezes fico impressionado quando relembro de acontecimentos de minha vida com detalhes, daí me dou conta que já fazem bons anos desses momentos.

É, a vida é trem-bala, parceiro.

Anos atrás, fiz um post comentando sobre ter ido de bike ensaiar com minha então banda. Deixei o link no final deste texto, ok? Aquele foi um dia em que fui trabalhar, daí as 19h parti rumo a Osasco para o ensaio, que começava às 21 e ia até as 23 horas. Lembro que deu tempo de chegar e mandar um temaki antes de entrar no estúdio. Ao final, voltei pra casa todo feliz fazendo um caminho bem mais longo e totalizei 40km pedalados, muito mais que os 12 que comumente fazia naqueles tempos. Na ocasião, foi uma feliz descoberta perceber que a cidade pode ser vencida de bike, que aquilo que parece longe demais de carro, é pedalável e acessível.

E como minha vida é feita de muitas reviravoltas e voltas, não é que estou desde novembro trabalhando perto desse estúdio? 

Aquela era uma época pré-ciclovias, e salvo o pequeno trecho conhecido como Av. Faria Lima, tive que encarar ruas e a travessia da marginal na raça, disputando com carros. Todos os caminhos eram ermos e sem um pingo de amistosidade a quem se prestava a utilizar o asfalto sem motores.

Um cenário bem diferente do atual: vou por ciclovias quase desde casa até a porta da USP, de onde atravesso e dou de cara com o meu local de trabalho.

Mas esse é um caminho que fiz pouquíssimas vezes, pois a empresa possui um fretado que sai da estação Butantã do Metrô, local que inclusive há um bicicletário gratuito e bem seguro, além de um banheiro muito limpo que faz as vezes de vestiário.

Agora meu trajeto diário totaliza 22km quando deixo a bike no bicicletário, ou 30km se resolver encarar uns morrinhos até a empresa.

Meu objetivo é ter forças para fazer o percurso completo todos os dias, me emancipar da dependência dos motores pelo menos nos dias da semana. Meu grande inimigo é a ansiedade. Tenho costume de aumentar o giro inconscientemente, ficando fadigado antes da hora. Quando me concentro, chego aonde quiser.

Leiam minha primeira experiência pra aqueles lados: http://bikedemia.blogspot.com/2013/11/mobilidade-urbana.html

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