sexta-feira, 3 de julho de 2020

Todas as minhas bicicletas - Parte II

Bom Dia/Tarde/Noite!

No post anterior comecei a escrever sobre as bicicletas que tive ao longo de minha vida. Falei sobre minha infância e adolescência, considerando estas a minha primeira fase ciclística. Agora falarei um pouco das bikes que tive no que eu chamo de Retomada - quando redescobri o ciclismo e passei a usar a magrela não só como ferramenta de lazer, mas principalmente como meio de transporte. Vamos lá.

Segunda fase (2013 - atual)


Caloi Aspen
imagem: arquivo pessoal
Essa foi a bike que eu iniciei uma nova vida. Estava decidido a voltar a pedalar para manter minha saúde. Comprei a bicicleta mais barata que encontrei na época, pois não sabia se iria para frente com a idéia. A Caloi Aspen era pesadinha, mas me fez muito feliz. Pedalei pela maioria das ciclofaixas de lazer da época, em toda a ciclovia da marginal e muitos outros lugares. Ela passou a ser minha bike de uso diário. Pedalava 12km por dia e foi uma época em que meu entusiasmo só aumentava.


Soul Ace (Mocinha)
imagem: arquivo pessoal
Nove meses depois, juntei uma graninha e comprei essa maravilhosa bicicleta. Apesar de ser um pouco pequena para mim, consegui adaptá-la e usei por muito tempo. A diferença em conforto e leveza, em comparação à Caloi Aspen, era enorme! Acho que foi o maior impacto positivo que tive com bikes, pois além de leve, a Soul era macia, moderna para a época e muito, muito confiável. Com ela fiz o Caminho do Sol, pedalei para cidades vizinhas, até ir ensaiar com minha banda lá em Osasco eu fui com ela! É uma bike que nutro muito carinho e tenho ela até hoje, porém pretendo doá-la por questões de espaço.


Vzan (Brisa)
imagem: arquivo pessoal
Como a Soul tinha um quadro pequeno, experimentei colocar um maior. Porém, comprei um quadro que não tinha entrada para v-brakes e acabei tendo que comprar cubos, rodas e um garfo novo. No final, eu tinha uma bicicleta completamente nova às mãos. Com ela rodei pouco, mas fiz um cicloturismozinho até Guararema. Pena que assim que a garantia acabou, o quadro apresentou uma trinca num ponto crítico, na junção do top tube com o seat tube. Eu adorava essa bike e até hoje fico chateado com o incidente, quando vejo suas fotos.

Caloi Vitus (Bessie)
imagem: arquivo pessoal
Comprei esse quadro usado, transferi todas as peças da Vzan para ela. Ficou uma bike bem gostosa, bonita e de fácil condução. Com ela pedalei para Bertioga, e que descida de serra! Infelizmente ela também apresentou problemas e quebrou misteriosamente no chainstay, do lado do freio, com uns 6 meses de uso. Muito estranho, pois era um quadro feito pra pauleira. Creio que já comprei com o defeito, mas nunca saberei. Voltei então a usar a Soul Ace, na mesma época em que casei. Com isso, fui morar muito afastado e passei a usar carro e ônibus para vir até o trabalho. A bike ficou muito tempo encostada, pois onde morei não era um lugar que instigava o coração a sair pedalando.

Caloi City Tour

imagem: arquivo pessoal

Em 2018, depois de voltar a morar em São Paulo, adquiri esta que está sendo minha melhor bike até então. Aro 700, tamanho perfeito, freios hidráulicos e muito confortável. Tenho usado ela bastante desde então, num ritmo menor que no passado, mas ainda numa proporção considerável. Com ela fiz os dois Pedais Anchieta, saindo do Sacomã em SP e terminando somente nos quiosques da orla de Santos. Mudei algumas vezes de emprego e cada vez para mais longe, e ela vai junto, valente. E com essa pandemia, estou usando ela bastante pelo bairro, seja pra ir na farmácia, padaria ou compras pequenas no mercado. Quando essa crise sanitária acabar, penso em voltar para meus passeios maiores, Tenho algumas rotas traçadas, e também vontade de refazer alguns caminhos do passado, como a viagem para Guararema.



Concluindo

Até agora, tive 12 bicicletas. Cada uma possui suas próprias histórias e aprendizados. Foi muito bom fazer este apanhado de lembranças, um exercício de memória que me levaou a tempos distantes que começam a ficar turvos na memória, conforme o tempo passa. Fui banhado por felicidade ao lembrar da minha primeira bicicleta, de conseguir lembrar do dia que minha mãe tirou as rodinhas e me soltou para aprender a pedalar. De quando ela comprou uma bicicleta para mim e outra para ela e passamos a dar voltas pelo bairro. Ou até lembranças chatas como aquela em que vejo o ladrão render meu amigo e levar minha bike embora.

Sei que cedo ou tarde, muitas dessas lembranças se perderão. Ou deixar de serem histórias contextualizadas e tornarem-se, com sorte, flashes sem sentido na mente de um velhinho. Ainda que flashes, elas estarão lá.

A verdade é que tenho inúmeras lembranças da minha infância, mas muitas delas são apenas uma imagem mental, não há uma história por trás. Descobrir que tenho detalhes de uma lembrança tão antiga sobre minhas bicicletas deu muito mais sentido a este blog.

Essa linha temporal está longe de terminar.


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