quinta-feira, 2 de julho de 2020

Todas as minhas bicicletas - Parte I

Bom Dia/Tarde/Noite, pessoal!

Noite passada fui pra cama com a cabeça a mil, e quando isso acontece vocês sabem, nossos pensamentos viram um programa de variedades.

Entre um pensamento e outro, comecei a lembrar das minhas bicicletas, desde a primeira! Incrível como minha memória foi lá longe, para o início dos anos 80.  Como o assunto deste humilde blog é bicicleta, resolvi compartilhar minha nostalgia com vocês.


Minhas fases ciclísticas

Como toda criança da minha geração, eu tive bicicleta e pedalei muito em parques e na minha rua. Depois de adolescente, abandonei a bicicleta e só redescobri essa felicidade em 2013, com 36 anos. Com isso, consigo dividir minha vida ciclística em duas fases: uma que vai da minha primeira infância até os 16 anos e outra que começou com meus 36 anos e segue até hoje. Bem, chega de papo e vamos às fotos.


Primeira fase (1980 - 1993)

Como não tenho fotos das bicicletas dessa época, mas fiz uma busca de imagens na internet e, por felicidade, consegui encontrar todos os modelos que tive! Nem todas eu encontrei a cor ideal, mas o modelo é o mesmo:

Monark Mirim
imagem: internet
Minha primeira bicicleta, que chegou com rodinhas e com o tempo aprendi a andar. Lembro da primeira vez que consegui pedalar sem rodinhas, morrendo de medo. Minha mãe ia segurando na garupa e sem falar nada me soltou. Fui embora, por uns metros, e quando me dei conta parei correndo. Pouco tempo depois já estava independente, desbravando as calçadas. Os meninos grandes da rua não queriam saber de mim, porque eu era pequeno, não alcançava eles. Tive uma Monark Mirim igualzinha a essa da foto e chego a lembrar do cheiro de graxa e borracha que ela tinha.


Brandani
imagem: internet

Essa foi mais difícil de encontrar, ainda mais que minha memória visual dessa bicicleta é bem turva. eu lembro da marca e da cor vermelha. Certo dia, estava andando sozinho na rua, um ladrão apontou um revolver pra mim e a levou embora.



Caloicross Freestyle
imagem: internet

Acho que o presente de Natal mais legal que já ganhei! A Freestyle tinha acabado de ser lançada, eu tava sem bicicleta e contando com a má vontade dos amigos, que nunca emprestavam suas bicicletas. Me sentia um Chaves numa vila cheia de Quicos. Minha mãe comprou uma Caloi Ceci para ela, e passeávamos pelo bairro juntos, foram as primeiras vezes fui além da minha rua pedalando. Que saudade dessas pedaladas! 💜 Na foto um modelo vermelho, mas a minha era azul. Mas como nada é para sempre, ela também me foi roubada e passei a usar a bicicleta de minha mãe para não ficar a pé:



Caloi Ceci
imagem: internet

A bicicleta da minha mãe era novinha, um pouco grande para mim ainda, mas era muito gostosa de pedalar! Acho que foi a que ficou mais tempo comigo, pois por ser uma bicicleta pouco visada, eu ficava mais tranquilo. O problema era aguentar o deboche da molecada, que não aceitava um menino usando uma bicicleta feminina. Talvez por chegarem sempre depois, vai saber rs. Sim, meus amigos perdiam todas as corridas para mim. A parte chata é que acabaram as pedaladas com minha mãe, que eram muito legais. Na foto, uma Ceci igualzinha a que tive.



Caloicross
imagem: internet

Certa vez, o pneu da Ceci furou, e fomos numa bicicletaria consertá-lo. Chegando lá, tinha uma Caloicross muito linda à venda. Rodas de nylon, num vermelho que fez meus olhos brilharem. Minha mãe me fez prometer tirar boas notas e saímos da bicicletaria com a Caloicross, deixando a Ceci como parte do pagamento. Pedalei bastante com ela, rodava todo dia. Fazia "circuitinhos" pelo bairro, além de mil maluquices tipo descer da bicicleta e deixar ela indo sozinha... bikezinha forte. Na foto, o modelo igual ao meu. Pra variar, depois de um tempo essa bike também me foi roubada, enquanto um amigo andava. Pelo menos aproveitei bastante dessa vez.


Monark Ranger
imagem: internet

Passou algum tempo e ganhei uma nova bicicleta, agora aro 26. Era uma Monark Ranger, de cor preta, bem honesta. Foi nessa época que as mountain bikes chegaram com tudo. Pedalei bastante com ela, mas não sei por qual motivo parei, pois lembro que ela acabou encostada em casa. Tempos depois, dei ela para um amigo, junto com um cubo de marchas e um câmbio (não sei como consegui essas peças hahaha). Meu amigo não se interessou, mas o pai dele resolveu instalar o câmbio na bicicleta e ficou maravilhado, nunca tinha pedalado em uma bicicleta com marchas. É, até o começo dos anos 90, bicicleta com marcha era artigo de luxo, até a chegada dos produtos importados. 


Peugeot 10
imagem: internet

Quando comecei a trabalhar, um dos meus primeiros salários foi dedicado à uma belezura de 10 marchas. O ônibus que eu usava passava em frente a uma bicicletaria onde dava pra ver várias bikes à venda, e uma Peugeot novíssima parecia brilhar. Era uma Peugeot 10, reformada, pintada numa cor linda. Comprei essa bicicleta e no primeiro dia quase dei PT nela! Um buraco camuflado por água entortou a roda da frente e me levou ao chão. As bicicletarias que levei queriam cobrar quase o preço dela para consertar! Hoje em dia as peças de bicicleta são mais acessíveis, porque uma roda naquela época, aro 700, era cara de doer! Depois de uns meses, consegui umas carcaças de bicicleta (na mesma leva do câmbio que dei para meu amigo) e finalmente uma roda pra minha Peugeot. Rodei muito com ela, até enjoar. Não sabia, mas ela era uma bicicleta feita de cromoly, uma liga de aço muito mais resistente, que permitia a construção de tubos mais finos, tornando assim a bicicleta muito mais leve. Um amigo na época comprou uma mountain bike caríssima, feita dessa liga, que os caras da loja vendiam falando que não era metal, mas um material mais moderno chamado "cromo-molibdênio". Ah, o marketing.



Ufa!

Essas foram as minhas bikes nos 10 anos que duraram minha primeira fase. Abandonei o ciclismo no final da adolescência, principalmente quando comecei a me interessar em aprender a dirigir. Não reclamo, pois foram essas escolhas que me trouxeram até aqui. Foram diversas experiências, histórias, passeios e lembranças. Foi uma época mágica, que se um dia vier a esquecer, torço para o blogspot ainda existir para eu poder relembrar.


No próximo post, eu vou falar das minhas bikes da Segunda Fase (2013 - atual).

Até lá!

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